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Lost and Found Again…

Lost and Found Again,

And Again,

Again.

 

That thing that has always been at my reach,

And when I try to grab it,

it just disappears.

 

And I try and try to find it,

Again and Again.

 

But then I don’t need it.

And it’s always in my way,

To tease me, to taunt me.

 

Again and Again.

Lost and Found.

And Suddenly…

Imagem

And suddenly everything is new

Everything is fresh,

Everything is different

And all I can do is smile.

 

In every breath I take my surroundings

creating memories I want to hold on forever,

like pictures captured and printed for eternity.

I feel the water in my feet,

The wind that blows my hair…

I am light and free,

My heart has its own rhythm, its own pace, its own life.

Like a soundtrack to every laughter,

to every smile.

 

Suddenly everything is worth something,

Suddenly everything is real.

Suddenly I’m Me.

 

JC

Mais uma velinha no “bolo”

Mais uma velinha que se conta
nesse teu fermentado bolo.
O forno continua quente
e sei que ainda muito tempo de cozedura tens pela frente.

Se sei ou se é só uma vontade infinita
de que nada do que és se perca
se desfaça
se dissolva
não sei ao certo.

Aliás, há pouco que saiba com certezas,
mas há algumas de que me orgulho particularmente!

De saber que existes,
de saber que me fizeste existir,
que me fizeste parte da tua história,
do teu percurso, do teu conto.
De saber que sou do filha do Poeta,
do Filósofo, eterno Pensador e Estudioso.
De saber que o Quicas é sempre o Quicas,
mais “velinha” menos “velinha”.
De saber, acima de tudo, que és meu,
sim!, apesar de partilhado com mais 3 faces de ti,
és MEU pai. MEU Papá ^^

Não sei bem se o que escrevo é poema,
se são frases soltas, ou pensamentos dispersos.

Sei que te adoro,
que te amo, que sou orgulhosa de ti,
metade de ti!
Orgulhosa de mais uma Primavera que passas
junto de mim.

Parabéns, Papá! ❤

A tua “Pîsquinha” ^^
Ju.

Pensamentos de Abril

Vivemos hoje numa inércia crescente. Tudo à nossa volta se desmonta, se desfaz. E nós, impávidos e “serenos” nada fazemos para contrariar a corrente que nos leva ao abismo.

Que é feito de espírito de revolta, que é feito da esperança de tornar este mundo em que vivemos em algo mais, em algo melhor? Que é feito do espírito aventureiro, descobridor, desenvolto deste pequeno povo português que tanto mudou, já, o curso da história?

Não sei, e contra mim, contra os meus falo.

Sinto falta do que os que vieram antes de mim viveram, sinto falta daquele entusiasmo, do ter algo por que valha a pena lutar. Sinto falta do espírito de família que unui todo um povo, toda uma cultura.

Quem sabe aos poucos o burburinho, quem sabe, talvez o adamastor adormecido renasça, qual fénix das cinzas, e se faça de novo ouvir a voz que com cravos cantou.

Ju

Palavras…

Palavras, palavras, palavras.

Tudo o que digo, o que faço, não passam de meras palavras.
Palavras e mais palavras.

Cala-te, boca. Pára, pensamento. Já chega de palavras.

Palavras, palavras e mais palavras.

Faltam-me os actos. Quero os actos.

Palavras, palavras, palavras…

“Words and actions don’t seem to go along…” 😉 <3<3

Cobarde!

Levanta-te.

Sim, tu! COBARDE!!!

Abre os olhos!

 

O que te falta??

Não sabes quem és?

Estás sozinho? Não!

Perdido? Arranja um mapa!

Mas faz, acontece antes que seja tarde de mais!

 

De que tens medo? Aranhas? Esmaga-as.

Escuro? “Faça-se luz!”

Mas que algo aconteça nesse mundo!

Que algo se mexa,

Que algo viva!

 

Porque há tanto para viver.

Deixa a Cobardia, pega na mochila e faz-te à estrada!

Sobe ao monte e berra!

Só não sejas mais Cobarde.

 

 

Ju.

 

Traços…

Meu Quicas

Olho-me e ao espelho e não me vejo.
Vejo traços.
Traços do que fui.
Traços do que vivi, estórias, memórias, imagens.
Construiste-me, desenhaste-me, ensinaste-me o que sou.
Traços de um passado, de um presente e de um futuro(!) que imaginaste para mim.

Traços de ser, traços de vida, traços de ti.

 

Porque é dia do pai (ainda…) e eu tenho o melhor de todo o mundo… que nem por um segundo me larga, nem nunca poderia de tão colado a mim que ele está, de tão traçado 🙂

Amo-te, papá! Meu Quicas 🙂

Os meus “clicks”

Tenho uma paixão que me prende a tudo o que vivo. Marca em mim todas as memórias, boas e más, que vivi, que vivo, que viverei.

É meu apendice e graças a ela, feliz ou infelizmente, bastou um “click” pra que tudo o que vale a pena recordar seja eternamente recordado.

O acto de apagar estas memórias, estes “clicks” seria igualmente simples. Mas há uma teimosia que em mim persiste e não as quer deixar – porque, no fim de contas, se existiu um click foi porque valeu a pena, é porque vale a pena recordar.

“Recordar é viver”, recordar é relembrar que há vida, que há pelo que se viver, que há momentos que valem a pena. Podem não durar para sempre, podem morrer nos meus braços… Posso ter de dizer essa palavra que tanto me dói, esse “Adeus”, um “Adeus” que não o quer ser. Existem estes momentos e posso ter de os viver e recordar, mas recordarei com muito mais força todos os outros.

Gargalhas, viagens, passeios, pores do sol, noites de luar, de magia, de paixão, cumplicidade. Noites à lareira, à mesa redonda, ou em qualquer sítio desde que nas “companhias perfeitas”.

Para todos estes momentos tenho “clicks”. Para todos estes momentos terei sempre a memória viva. Porque são a minha Vida, são quem fui, quem me tornei.

 

Click a click, memória a memória, de Saudade ao peito e Máquina em punho “clickarei”, recordarei e viverei.

Back.

I’m back… Back to a time and place that, somehow, fortunately or not, makes sense… Non-sense. I can’t travel in time. Can I?

Can I be a part of the present feeling like i’m back in the past? Is it possible to live a future lived years ago? Is it possible to be your own ghost? Or am I alive again, woken up from a dream (?) that lasted so long that time got lost in it self?

Random thoughts, Random Non-sense that somehow, fortunately or not, makes sense. Non-sense.

Sound Track – What Sound – Lamb

JC*

“Como é que se Esquece Alguém que se Ama?”

“Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa – como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.”

 

Miguel Esteves Cardoso, in ‘Último Volume’

 

 

O Problema maior é: e aqueles que não querem esquecer?…

 

J.C.